terça-feira, 24 de novembro de 2015

Maternidade real tem lágrimas e paixão

Ser mãe no mundo virtual é maravilhoso, no mundo real também!
E a desilusão a frustração connosco, com o companheiro? As questões que surgem que parece não termos resposta. É certo que ser mãe é uma das experiências mais maravilhosas que pode acontecer a uma mulher. Mas não se é menos mulher se não se tem filhos, ou mais mulher porque os tem. Muda sim o grau de responsabilidade. O nosso tempo, a nossa tomada de decisão muda de dono, e passa para fora de nós.
Poderá ser polémica esta forma de expressão sobre a maternidade. Já por várias vezes me revi no rosto de algumas mulheres que contacto e que têm aquela expressão "... tenho tudo para ser feliz e sou, e não me posso queixar, mas sinto-me menos inteligente, incompetente como esposa, não sei tomar as melhores decisões....". A mãe que nunca sentiu que atire a primeira pedra.
Ajudem-me a divulgar também o que é a maternidade real. Não pelo lado da depressão e escuridão, mas pelo lado de que sentimentos opostos podem acontecer no nosso coração, e isso não tem nada de errado. Pelo lado de que o meu corpo está diferente mas vai mudar e quando parar de mudar e ficar de determinada forma vou aprender a gostar de como é e sentir-me feliz por me aceitar. Pelo lado de que não consigo fazer nenhum trabalho que seja intelectualmente mais exigente, porque não tenho dormido o suficiente e não se passa nada de mal com o meu cérebro, as hormonas lentificam-me para me proteger a mim e ao bebé. O meu marido está a sentir o mesmo que eu, mas mesmo assim vou ter que lhe pedir que me compreenda porque a nova realidade, e a nova felicidade está em construção, não se instala e "já está!", a nova realidade encaixa onde não sabíamos que era possível acontecer: na sala, no meio da nossa cama, na cozinha, na família, atravessa-se no caminho dos nossos amigos e ferra-se no nosso coração...
Queridas amigas mamãs, curtam a tristeza, não se envergonhem, mas a seguir desfrutem da euforia do amor, que nos embriaga e por vezes nos faz esquecer que somos pessoas também! E mostrem-se a outras mães como mães reais, e não mães virtuais, olhem os filhos nos olhos e não através da câmara do telemóvel, abracem o companheiro a agradeçam também o facto de ter criado um clone em vós, chamado Mamã e que não vos pode tirar a identidade mas melhorá-la apenas.

domingo, 23 de agosto de 2015

Há tanto para fazer nas nossas casas para mudar o mundo, ou melhor, para não deixar que o mudem para pior....

Passei a noite a sonhar com o drama do mediterrâneo.
Não tenho visto televisão ou notícias e pelo que parece temos um mar mediterrâneo cheio de homens mulheres e crianças que nunca vão chegar onde pensaram que a sua vida iria estar a salvo. Não consigo entender que solução possível ...
Uma coisa é certa, a sustentabilidade dos povos em detrimento dos interesses económicos que financiam e promovem guerras tem que ser a alavanca para a mudança real, o inverter de um ciclo em que estamos.
Acho curioso, enquanto a ciência quer transformar máquinas e robots e drones e coisas com inteligência, o marketing comercial, a política actual, as tendências que são socialmente impostas, daria jeito transformar o Homem numa maquina : trabalho (com enfoque no aumento da produtividade) casa (se necessário colocar os miúdos ligados à maquina para conseguir realizar as tarefas domésticas  sem interrupções) e no fim de semana, ir  ás compras e preparar a semana que se segue (de preferência comprar o que está em promoção, pode ser pêras do Chile, que as portuguesas custam mais 8 centimos ao kg!).

Quando o ser humano perde a capacidade de se sustentar em seu redor, perde automaticamente a sua liberdade.

Já vi este filme,  mas é a primeira vez que vejo com os meus filhos... Acresce a minha responsabilidade nas minhas escolhas. Tirem 30 minutos das vossas vidas para assistir, de preferência em família.Seeds of freedom
Temos mesmo muitas artes que vamos perder e que devíamos estar a ensinar aos nossos filhos.

Há tanto para fazer dentro das nossas casa para mudar o mundo, ou não deixar que o mudem para pior...

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Viva o São Lourenço!!!

Obrigada senhoras da Arrancada pela linda festa em honra de são Lourenço.

Num pequenino espaço mas acolhedor faz-se a festa onde velhos e novos cantam "modas" ao som de uma concertina muito bem tocada por um jovem da terra em que as melodias não se ouvem em CD, na rádio ou nos programas da TV. São as que a minha bisavó cantava distraída que a minha avó assim que ouvia dançava e que a minha mãe assobia todo o dia.
Ser Rural é bom tem som, sabor e cheiro.
 São Lourenço É comemorado no dia 10 de Agosto. Data da sua morte em 258.
São Lourenço foi um dos sete primeiros diáconos que tinham como missão guardar os bens da igreja e a distribuição de esmolas aos pobres. No ano 257, imperador Valeriano decretou a perseguição dos cristãos. Por essa altura o papa São Sisto foi executado.
Após a execução do Papa, o imperador ameaçou a Igreja obrigando-os a entregar as suas riquezas no prazo de 3 dias. Três dias depois quem se apresentou ao Imperador foi São Lourenço que levou diante do imperador, as pessoas que previamente tinham sido auxiliadas pela Igreja e os fiéis cristãos. Depois, exclamou a seguinte frase que lhe valeu a morte: "Estes são o património (riquezas) da Igreja". O imperador, furioso e ordenou que fosse  queimado vivo sobre um braseiro ardente, por cima de uma grelha. A tradição católica diz que o santo conservou seu bom humor mesmo enquanto era executado, dizendo aos que o queimavam: "podem me virar agora, pois este lado já está bem assado".
A nossa estátua tem representado a grelha (associado à forma como morreu).


Mas como é sabido, quem conta um conto acrescenta um ponto. E a igreja de são Lourenço existia na Aldeia de Anços, na primeira metade do século XX, um homem embriagado partiu a estátua do santo, e a capela foi ficando ao abandono. Dizem que ao Homem, que entretanto tinha emigrado para o Brasil, nunca lhe saiu da memória e “consciência” o que tinha acontecido, inclusivamente que ouvia o vozes “- Se partiste, repara!” Se estragaste, concerta!”. De tal forma que veio a Portugal com o propósito de construir  uma nova capela e que com a ajuda do povo se foi construindo.


Mas o Santo tinha mesmo que voltar para aquele lugar maravilhoso, onde vigia a nascente do rio Anços e descansa ouvindo o som da cascata natural dos olhos de água. E desde 2004 se faz a festa...



 E viva o bem humorado São Lourenço, que morreu acreditando que as verdadeiras riquezas são as pessoas!

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Babywearing num minuto

Transporte de várias formas, mas sempre junto a nós!
Assim são os colinhos "Mamã Natureza":

  • Pouch sling ou sling bolsa:
 Ideal para passeios instantâneos pois é fácil de usar, mas requer estar adaptado ao tamanho de cada mamã ou papá, Para isso existe o tamanho S, M e L.



  • Wrap sling ou pano porta bebés:
É uma peça longa de tecido, pode ou não ser elástico, é extremamente versátil e pode ser usado em varias posições: frente costa e anca. Permite amamentar no pano por exemplo! Da para usar desde que o bebé nasce até ele querer colo!



  • Ring sling ou sling de argolas:
É um pano, um pouco menor, que se segura através de argolas, muito prático e confortável. Permite várias posições também em todas as idades.


  • Mei tais:
 É um dispositivo de estilo asiático, que consiste numa porção de tecido com fitas ou fivelas. Pode ainda ter as alças largas que aumentam o suporte do painel. Testados todos com os pesos cá de casa.... Muito fácil de usar nas costas. A Mamã Natureza faz três tipos:

Mei tai tradicional: ata com fitas finas.
Papatai: Mei tai de fivelas Mamã Natureza.

Mamatai: Mei tai Mamã Natureza de alças largas, 
pode ter ou não fivela na cintura.

  • Onbuhimo:
Um sistema tipo mochila capaz de ser usado na frente: 
Ou nas costas com muita facilidade.... 
Pelo formato que tem e pela sua simplicidade é muito fácil de usar e torna-se muito confortável compensando a falta do cinto com a posição alta da criança equilibrando bem o centro de gravidade na marcha....


Qual o melhor? Pois não há, cada um tem a sua utilidade única de apoio ao colo e é quem usa que se pode adaptar mais rapidamente ou não. O Uso de materiais sustentáveis e de fibras naturais deve fazer parte da escolha.

Esta é uma breve revisão do que se passa cá por casa... Bons abraços!